Essa árvore fincada no chão é memória vivida.
Força que neste caule grosso e valente
Faz-se presente na terra que meu pai pisou.
Terra que é a folha não mais em branco,
Que escreve e escreveu meus passos,
Seus traços, nossas vidas vividas.
Do mundo ancestral clamando.
Do vento o pó que voa. Da água a lama surgindo.
É essa árvore fincada neste chão sagrado,
Essa humanidade vivida, lembrada, espalhada.
Identidade ereta, vezes cortada pela raiz,
Mas renascida na semente que o vento leva.
Para longe ou para perto, para além d´africa
É a força. A razão de não sermos coisas.
De sermos de toda beleza a fonte que dança,
Sacudindo a poeira ou revirando a lama
De onde este Iroco fincado canta
Raiz...
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