domingo, 18 de outubro de 2009

Chapada

Nuvens de doce água barrosa.
Sonhos de pedras, caminhos perdidos.
Milênios de existência e silencio
Ruídos por gritos eufóricos.

Entramos nesse céu vertical.
Homens confusos de dor penetrante.
Hipnotizados pelo ruído de silêncio aquoso,
Que cai atormentando quem não é silêncio.

Olhamos, gritamos, bebemos da água divina.
Somos agora anjos sem dor.
Momentos de tudo, momentos de ser.
Ser esta pedra, esta imensidão sem razão.

Não pensar como Sócrates
Não comer como Adão
Não matar como Deus

E vamos embora, com a mente turva.
De ferro, de barro, de folhas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário